A Igreja ao serviço da segurança alimentar

“A Igreja encoraja todas as iniciativas para pôr fim ao escândalo da fome no mundo.”

Papa Leão XIV

Mais de um século depois da publicação da Rerum Novarum, o grito dos pobres e dos famintos continua a interpelar a consciência da humanidade. Em resposta a esta urgência, no décimo aniversário da encíclica Laudato si’, que nos exorta a uma conversão ecológica integral, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral apresenta “Sementes de esperança: a Igreja ao serviço da segurança alimentar”, uma recolha de boas práticas que ilustram o empenhamento concreto das Igrejas locais em garantir o acesso à alimentação e à água como condições essenciais para um desenvolvimento humano integral.

As quatro boas práticas implementadas em diferentes continentes – México, Ucrânia, Angola e Camboja –, apesar da diversidade dos contextos, revelam uma abordagem comum: envolvimento das comunidades locais, promoção da justiça social e cuidado da casa comum. Cada projeto, abaixo apresentado sob forma de vídeo participou de uma seleção com critérios rigorosos inspirados na doutrina social da Igreja, entre os quais a subsidiariedade, a solidariedade e o respeito pelo ambiente e pelos direitos dos trabalhadores agrícolas, disponíveis no material de aprofundamento colocado à disposição.

Com esta iniciativa, o Dicastério deseja não só oferecer visibilidade e experiências significativas, mas também semear esperança e inspirar novas ações, para que ninguém fique privado dos direitos fundamentais a uma alimentação saudável e suficiente, ao acesso a água segura e a condições de trabalho dignas.

Como recorda o Evangelho: “Tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber (Mt 25,35). As boas práticas ilustradas no documento pretendem ser uma resposta concreta a este imperativo evangélico, tendo presente que a luta contra a fome, antes mesmo de ser uma obra de caridade, é um ato de justiça.

No dia 4 de dezembro de 2025, às 12h (hora de Roma), aconteceu o webinário “Sementes de esperança: a Igreja a serviço da segurança alimentar – Boas práticas da África”.

Além da coleta de boas práticas publicada pelo Dicastério em julho, e da metodologia por trás desse trabalho, foi apresentado o projeto da Cáritas Angola e outras boas práticas de segurança alimentar implementadas por diversas igrejas locais africanas.

Intervieram também a Irmã Alessandra Smerilli, Secretária do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, e o Padre Uchechukwu Obodoechina, Vice-Secretário Geral da SECAM (Sínodo das Conferências Episcopais da África e Madagascar).