Dia Mundial da Pesca 2025

“Não apanhámos nada, mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes” (Lc 5,5)

Dia Mundial da Pesca 2025

Anualmente, o dia 21 de novembro marca o Dia Mundial da Pesca, que em 2025 tem como lema “Não apanhámos nada, mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes” (Lc 5,5). Esta celebração foi criada em 1998 para homenagear os pescadores que, através da sua profissão, prestam um serviço útil a toda a sociedade. Como de costume, o Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Card. Michael Czerny SJ, dedicou uma Mensagem a todos os trabalhadores do setor.

“Não apanhámos nada, mas, segundo a tua palavra, lançarei as redes” é a resposta de Pedro ao convite de Jesus para não perder a esperança; quando o trabalho não deu frutos e as forças se esvaíram, Jesus pediu aos Apóstolos que voltassem ao mar e lançassem novamente as redes. Com confiança, os Apóstolos obedecem. Isso, diz o Prefeito, “é o que os pescadores fazem todos os dias. Eles lançam suas redes com esperança”. O Cardeal exorta os pescadores e marinheiros a manterem sua fé firme apesar das dificuldades que enfrentam: precariedade, falta de garantias, distância da família.

O Prefeito lembra que a bordo dos barcos de pesca, os tripulantes são obrigados a permanecer por vários meses “vivendo em espaços reduzidos e incómodos, longe de suas famílias, com horários de trabalho que frequentemente excedem os limites legais. Muitos deles são migrantes, que em alguns casos são contratados em condições discriminatórias”. Ele destaca a importância de não esquecer “que por trás de cada pesca há uma vida, uma família, um chamado ao desenvolvimento integral”. Ele pede que sejam adotadas políticas e leis para proteger seus direitos, promovendo a participação ativa dos trabalhadores nas decisões que os afetam.

No 10º aniversário da Encíclica Laudato si’, o Prefeito lembra a necessidade de garantir um cuidado adequado dos mares e oceanos, parte da nossa “casa comum” e do equilíbrio ecológico global. Citando o documento, ele se refere aos “métodos de pesca destrutivos e suas consequências desastrosas”, que inevitavelmente ligam “a crise nos oceanos às condições injustas de trabalho na pesca e na navegação, ao tráfico de seres humanos e ao impacto sobre as comunidades costeiras empobrecidas”.

No contexto de uma realidade tão difícil como a daqueles que trabalham no mar, o Prefeito reconhece com gratidão o valioso papel desempenhado pela Igreja, que, através da Obra do Apostolado do Mar, está próxima dos trabalhadores: “em paróquias costeiras e portos, os capelães e voluntários acompanham aqueles que enfrentam longas ausências da família, trabalho arriscado e condições duras no mar, sendo também porta-vozes de sua dignidade. Obrigado por este serviço!”

13 novembro 2025